quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Barracas de praia de Salvador


Que problema a questão das barracas de praia aqui em Salvador! Primeiro aparece o problema envolvendo a reforma das barracas. Agora é a questão de que o número de barracas vai diminuir.

Em Janeiro de 2006, a
Sesp criou o projeto de revitalização da orla. As reformas das barracas contariam com patrocínio de cervejeiras. Mas foram embargadas pelo MPF por falta de licenciamento ambiental depois de iniciadas.

A prefeitura lançou em seu site uma matéria mostrando
queixa de banhistas contra o embargo. Mas as irregularidades parecem ser sérias. Júlio Rocha, superintendente do Ibama até o ano passado (o atual é Célio Costa Pinto), diz que nenhum órgão ambiental foi consultado.

Além da questão ambiental, tem a questão territorial. Existe uma faixa de praia que pertence à União (os chamados terrenos de marinha). E, como a orla de Salvador possui uma faixa de praia estreita, a orla de Salvador é toda da União, diferentemente de Aracaju.

Então, a prefeitura não pôde dar cabo do projeto de revitalização da Orla de Salvador. Ficaram materiais que seriam usadas na construção de novas barracas ficaram entulhadas no local.

Agora, a prefeitura resolve que é necessário diminuir a quantidade de barracas de praias pela metade. E algumas barracas vão ficar em canteiros centrais (que, pelo que entendi, significa barracas entre o sentido Itapuã e sentido Pituba, na Av. Otávio Mangabeira: os banhistas vão precisar atravessar a rua para irem e voltarem da barraca até o mar).

Os barraqueiros protestam, sobretudo os donos das barracas menos poderosas, que temem (e acho que vão) ser excluídas do processo. Eles reclamam que deveriam ter participação. São abertas audiências apenas para legitimar o andamento do processo.

Existe o
Projeto Orla, do Governo Federal, estabelecendo parâmetros de como se deve utilizar toda a orla do Brasil, respeitando as características locais e as comunidades que vivem das praias. E as ações da prefeitura precisam se afinar com esse projeto.

Enquanto não se resolve o impasse, os banhistas, tanto de Salvador como turistas, vão ter que conviver com praias chatas e ainda por cima inseguras. Sabiam que o dono da baraca Biruta Tchê morreu assassinado na praia de Stella Mares?!

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