quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Implantação de Parque Tecnológico é discutido em evento da Uneb



Nos dias 22/10 e 23/10, aconteceu um workshop sobre jogos digitais na Uneb. No último dia apareceu uma palestra sobre a construção de um parque tecnológico, o Tecnovia, que se pretende construir em Salvador e até já possui planta e algumas das verbas necessárias para a sua implantação.


O workshop foi coordenado pela professora Lynn Alves. No primeiro dia, se destacou a discussão sobre o panorama da indústria de jogos no Nordeste. No último dia do evento, houve uma palestra sobre ações políticas na área, uma mesa redonda sobre práticas pedagógicas que tenham em vista jogos eletrônicos e uma palestra sobre inteligência artificial e jogos.


O projeto Tecnovia não estava previsto na programação, nem possui relação direta com o tema (que tem a ver o parque com jogos?) e, mesmo assim, foi explicado por Vinícius Teixeira. e precisa ser exaustivamente discutido antes que aconteça algum desastre.


O Tecnovia pretende ser um parque tecnológico, ambientalmente correto, que atráia investimentos para a Bahia, crie empregos que exigem formação superior, e concilie desenvolvimento com respeito ao meio-ambiente – mantendo 50% da vegetação nativa e a biodiversidade existente na região.


Este parque vai se localizar na Avenida Paralela, perto do Wet´n Wild, e vai acompanhar a criação da Avenida 29 de Março. Esta avenida é uma das inúmeras intervenções previstas para o trânsito de Salvador e seria mais uma ligação entre a Estrada Velha do Aeroporto e a Paralela.


O parque será implantado numa área antes destinada a um condomínio residencial. Vinícius Teixeira disse que a única área passível de assimilar um projeto desse em Salvador é a Avenida Paralela. Esta avenida tem a vantagem ainda de ficar próximo ao Centro Administrativo e de algumas faculdades, como a Jorge Amado e a FTC.


Vinícius Teixeira é bastante convincente. Viu-se, com freqüência, os rostos balançando positivamente nos rostos de quem estava na palestra. E o projeto é, em si, prometedor. É uma possibilidade de Salvador depender menos do turismo e poder gerar mais recursos com ciência e inovação tecnológica.


Mas ela diz: “Este projeto vai integrar empresários, governo e cientistas”. O povo não existe? “Haverá uma unidade do CRA que vai trabalhar a educação ambiental”. “A sociedade civil precisa entender a importância do parque para que ele seja viável”. Durante toda a palestra, não se mencionou que o povo seria tratado de forma menos passiva.


As três esferas do governo, segundo Vinícius, estão empenhadas em viabilizar o projeto. O MCT liberou R$ 13,6 milhões no dia 30 de setembro. Ele contou que o projeto já tinha outros e que está negociando com a iniciativa privada.


O projeto será de longo prazo. E tem que dar certo, sob pena de os governos estarem investindo à toa. Vinícius mostrou um gráfico segundo o qual o projeto geraria lucro para as empresas brasileiras e que o governo receber mais impostos. Será que vai receber o necessário? Será que, quando já estivando rendendo lucro, o cara que estiver no governo na época vai utilizar os recursos para a melhoria da qualidade de vida da população? É melhor ser otimista e achar que as coisas têm solução.

Um comentário:

Lá no Pelô disse...

Boa matéria sobre a implantação Parque Tecnológico, Tiago.

Parabéns!

Continue assim