quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Portadores de necessidades especiais no mecado de trabalho
Os portadores de necessidades especiais, como qualquer outra pessoa, precisam se inserir no mercado de trabalho. “A inserção no mercado de trabalho é essencial para a formação de uma identidade fortalecida pela auto-estima”, conta o psicopedagogo Roque Simas. O trabalho é muito importante para que as pessoas se sintam úteis e não venham a sofrer de depressão.
Mas existe preconceito contra o deficiente mental. Afinal, eles apresentam uma limitação no aprendizado, em relação às outras pessoas, segundo a APAE. Mas, se a família percebe a deficiência e procura logo uma escola destinada para os deficientes, eles podem se capacitar para determinados trabalhos com a mesma eficiência do que pessoas normais.
O artigo 89, da lei nº. 8.213, de 24 de julho determina que, em empresas com 100 funcionários, 2% devem ser portadores de algum tipo de deficiência. E, em empresas com mais de 1000 funcionários, os portadores de deficiência devem corresponder a 5% dos contratados. Essa lei vale se houver número suficiente de deficientes mentais capacitados ou reabilitados para o trabalho.
Neste ano, no dia de aniversário da lei, a CUT elogiou o trabalho do Ministério do Trabalho de conscientização e fiscalização para o cumprimento da lei. “Somente no primeiro trimestre deste ano, 4.151 portadores incorporaram o mercado de trabalho. Em 2006, foram 19.778 trabalhadores beneficiados”, são dados tirados das DRTs (Delegacias Regionais do Trabalho).
Mesmo assim, existem barreiras para a inclusão dos deficientes mentais no mercado de trabalho. Dos 304 aprendizes que foram atendidos pelo APAE em 2006, 126 conseguiram se inserir no mercado de trabalho. Segundo a Federação das APAES – Brasil, 243 mil deficientes foram atendidos por APAEs em todo o país, mas isso corresponde apenas a 2% do total de deficientes no Brasil, segundo matéria publicada no Overmundo.
Quanto à formação de deficientes mentais no ensino superior, Margareth Barbosa, coordenadora pedagógica do APAE – Salvador diz que isso, em Salvador, não existe. “Já ouvi em palestra que isso acontece em outros Estados, como São Paulo, mas nenhum deficiente formado pela APAE conseguiu isso, não”, conta a coordenadora.
Mais informações sobre educação inclusive e projetos para inclusão dos portadores de necessidades especiais podem ser lidas no blog de Juracy e de Paloma.
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Estudantes da Ufba continuam na Reitoria
Atualmente, o motivo é a adesão da Ufba ao Reuni (Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais). Os estudantes reclamam que o programa vai aumentar a quantidade de alunos na universidade, piorando a qualidade do ensino.
Atualmente, a relação aluno/professor é 13/1 e o programa pretende aumentar para 18/1. Com isso, a universidade conseguiria atingir a meta estabelecida pelo artigo 1º do decreto nº. 9.096, que institui o Reuni.
Robson Almeida, em matéria publicada em A Tarde, declarou: “Não vemos como aumentar a relação aluno/professor, já que enfrentamos hoje o problema de salas superlotadas”.
O Andes (Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior) também se tem demonstrado contrário ao Reuni. Quanto ao aumento da relação aluno/professor, o professor Paulo Rizzo – presidente do sindicato –, em matéria para a Folha Dirigida, considera o programa “agride os professores”.
Segundo o documento “Mentiras e verdades” disponibilizado no site da Ufba, os recursos que a universidade baiana vai conseguir com o Reuni são “mais que suficientes para a expansão prevista no Reuni/Ufba”.
Os estudantes estão há tanto na reitoria que já se constitui um movimento com nome: MORU. Desde 1º de outubro (há exato um mês), eles ocupam e fazem barulho na reitoria. Inicialmente o motivo eram as instalações das residências universitárias.
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Implantação de Parque Tecnológico é discutido em evento da Uneb
Nos dias 22/10 e 23/10, aconteceu um workshop sobre jogos digitais na Uneb. No último dia apareceu uma palestra sobre a construção de um parque tecnológico, o Tecnovia, que se pretende construir em Salvador e até já possui planta e algumas das verbas necessárias para a sua implantação.
O workshop foi coordenado pela professora Lynn Alves. No primeiro dia, se destacou a discussão sobre o panorama da indústria de jogos no Nordeste. No último dia do evento, houve uma palestra sobre ações políticas na área, uma mesa redonda sobre práticas pedagógicas que tenham em vista jogos eletrônicos e uma palestra sobre inteligência artificial e jogos.
O projeto Tecnovia não estava previsto na programação, nem possui relação direta com o tema (que tem a ver o parque com jogos?) e, mesmo assim, foi explicado por Vinícius Teixeira. e precisa ser exaustivamente discutido antes que aconteça algum desastre.
O Tecnovia pretende ser um parque tecnológico, ambientalmente correto, que atráia investimentos para a Bahia, crie empregos que exigem formação superior, e concilie desenvolvimento com respeito ao meio-ambiente – mantendo 50% da vegetação nativa e a biodiversidade existente na região.
Este parque vai se localizar na Avenida Paralela, perto do Wet´n Wild, e vai acompanhar a criação da Avenida 29 de Março. Esta avenida é uma das inúmeras intervenções previstas para o trânsito de Salvador e seria mais uma ligação entre a Estrada Velha do Aeroporto e a Paralela.
O parque será implantado numa área antes destinada a um condomínio residencial. Vinícius Teixeira disse que a única área passível de assimilar um projeto desse em Salvador é a Avenida Paralela. Esta avenida tem a vantagem ainda de ficar próximo ao Centro Administrativo e de algumas faculdades, como a Jorge Amado e a FTC.
Vinícius Teixeira é bastante convincente. Viu-se, com freqüência, os rostos balançando positivamente nos rostos de quem estava na palestra. E o projeto é, em si, prometedor. É uma possibilidade de Salvador depender menos do turismo e poder gerar mais recursos com ciência e inovação tecnológica.
Mas ela diz: “Este projeto vai integrar empresários, governo e cientistas”. O povo não existe? “Haverá uma unidade do CRA que vai trabalhar a educação ambiental”. “A sociedade civil precisa entender a importância do parque para que ele seja viável”. Durante toda a palestra, não se mencionou que o povo seria tratado de forma menos passiva.
As três esferas do governo, segundo Vinícius, estão empenhadas em viabilizar o projeto. O MCT liberou R$ 13,6 milhões no dia 30 de setembro. Ele contou que o projeto já tinha outros e que está negociando com a iniciativa privada.
O projeto será de longo prazo. E tem que dar certo, sob pena de os governos estarem investindo à toa. Vinícius mostrou um gráfico segundo o qual o projeto geraria lucro para as empresas brasileiras e que o governo receber mais impostos. Será que vai receber o necessário? Será que, quando já estivando rendendo lucro, o cara que estiver no governo na época vai utilizar os recursos para a melhoria da qualidade de vida da população? É melhor ser otimista e achar que as coisas têm solução.
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Protesto contra Salvador Card retoma ruas do Centro
Estudantes voltaram a paralisar ruas do Centro hoje (18/10/2007) por insatisfação com o Salvador Card. Eles estão reivindicam redução no valor da obtenção do cartão, de R$24,00 para R$4,00. Seria uma redução de 83%, mas deixaria o valor igual ao bilhete avulso.
Hoje, o movimento partiu do Colégio Central e marcham na Avenida Joana Angélica em direção à Praça Thomé de Souza, onde fica a prefeitura. No dia 5/10, partiram da Biblioteca Central, nos Barris, também em direção à prefeitura. Provocaram congestionamento de aproximadamente 1,3 km, segundo a SET.
Ficou acertado que haveria uma reunião amanhã (dia 19/10) às 14h na sede da STP, nos Vale dos Barris. Matheus Moura (STP) e o secretário de governo Gilmar Santiago prometeriam que dariam uma posição sobre as reivindicações dos estudantes nessa reunião.
Mais informações:
Estudantes protestam contra Salvador Card
Estudantes realizam nova manifestação em Salvador
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Barracas de praia de Salvador
Que problema a questão das barracas de praia aqui em Salvador! Primeiro aparece o problema envolvendo a reforma das barracas. Agora é a questão de que o número de barracas vai diminuir.
Em Janeiro de 2006, a Sesp criou o projeto de revitalização da orla. As reformas das barracas contariam com patrocínio de cervejeiras. Mas foram embargadas pelo MPF por falta de licenciamento ambiental depois de iniciadas.
A prefeitura lançou em seu site uma matéria mostrando queixa de banhistas contra o embargo. Mas as irregularidades parecem ser sérias. Júlio Rocha, superintendente do Ibama até o ano passado (o atual é Célio Costa Pinto), diz que nenhum órgão ambiental foi consultado.
Além da questão ambiental, tem a questão territorial. Existe uma faixa de praia que pertence à União (os chamados terrenos de marinha). E, como a orla de Salvador possui uma faixa de praia estreita, a orla de Salvador é toda da União, diferentemente de Aracaju.
Então, a prefeitura não pôde dar cabo do projeto de revitalização da Orla de Salvador. Ficaram materiais que seriam usadas na construção de novas barracas ficaram entulhadas no local.
Agora, a prefeitura resolve que é necessário diminuir a quantidade de barracas de praias pela metade. E algumas barracas vão ficar em canteiros centrais (que, pelo que entendi, significa barracas entre o sentido Itapuã e sentido Pituba, na Av. Otávio Mangabeira: os banhistas vão precisar atravessar a rua para irem e voltarem da barraca até o mar).
Os barraqueiros protestam, sobretudo os donos das barracas menos poderosas, que temem (e acho que vão) ser excluídas do processo. Eles reclamam que deveriam ter participação. São abertas audiências apenas para legitimar o andamento do processo.
Existe o Projeto Orla, do Governo Federal, estabelecendo parâmetros de como se deve utilizar toda a orla do Brasil, respeitando as características locais e as comunidades que vivem das praias. E as ações da prefeitura precisam se afinar com esse projeto.
Enquanto não se resolve o impasse, os banhistas, tanto de Salvador como turistas, vão ter que conviver com praias chatas e ainda por cima inseguras. Sabiam que o dono da baraca Biruta Tchê morreu assassinado na praia de Stella Mares?!
sábado, 13 de outubro de 2007
Não-inclusão em lista de telemarketing tramita no Congresso
Existem no Senado dois projetos de lei para regulamentar o telemarketing. A não-inclusão (PLS 243/04) é uma proposta da senadora Roseana Sarney (PMDB/MA) e é defendida pelas entidades de defesa do consumidor, segundo matéria da Agência Senado.
Conforme o esperado, o presidente do conselho deliberativo da Associação Brasileira de Telesserviços, Topázio Silveira Neto, discorda da criação da lei: “o telemarketing ativo emprega cerca de 200 mil pessoas no Brasil e a criação de uma lista de usuários que não desejam ser contatados, na sua avaliação, pode trazer riscos à atividade”.
No entanto, para muitos, é chato ouvir o telefone tagarelar em casa e, na hora de atender, perceber que se trata de um serviço que não quer. Sobretudo para quem prefere outros meios para se informar sobre serviços de que precisa.
Outro projeto de lei consiste na criação de número telefônico especial para agências de telemarketing (123/07). Este foi criado pelo senador Marcelo Crivella (PR-RJ). No entanto, nem todo mundo que não quer estar presente em listas de telemarketing possui telefone que permite, ao usuário, identificar o número do outro lado da linha.
A matéria da Agência Senado foi publicada no site do IDEC.
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Operação Praia cria linhas para Itapuã
Este final de semana é especial. As crianças curtem a estréia dos presentes; o horário de verão atinge todo o país; e, em Salvador, começa a Operação Praia: 33 ônibus especiais extras vão ser somadas à frota atual e dez linhas vão ser criadas. O objetivo é atender à população no transporte para a praia.
A STP diz ter consultado as comunidades na escolha das linhas, de acordo com notícia publicada no site do órgão municipal. Mas todas as linhas criadas têm como destino Itapuã, conforme o mesmo site.
Isso indica que o povo gosta mais da praia de Itapuã. Ou de praias que ficam no caminho de Itapuã, como Patamares, Piatã ou outras. Mas, a praia do Porto da Barra lota nos finais de semana também, não?
E a praia da Boa Viagem? Teve um dia em que eu estava esperando um ônibus na Praça de Boa Viagem e uma moradora local me disse que a praia de lá lota nos finais de semana. "A praia é muito freqüentada por gente que vem de Lima", disse a moradora.
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